Embora tenha sido um chefe oligarca, Nilo Peçanha foi um político de idéias, defensor da modernização das cidades, do acesso universal ao ensino público, da instituição de escolas profissionalizantes, de centros de pesquisas agrícolas e de um programa de preservação do patrimônio arquitetônico.
Como administrador defendeu a racionalização da máquina administrativa, a contenção dos gastos públicos e uma política de diversificação agrícola. Hábil, criava fotos para chamar a atenção da imprensa. Sedutor possuía grande carisma popular. De traços marcadamente negros, era ambíguo em relação à sua cor.
Encabeçada por Nilo Peçanha e J.J Seabra, a chapa da Reação Republicana caracterizou o mais importante confronto no interior do sistema oligárquico brasileiro na primeira República, ao enfrentar abertamente as poderosas forças paulistas e mineiras em torno da candidatura de Arthur Bernardes (MG).
A campanha, que transcorreu em julho de 1921 e março de 1922, contou inicialmente com o apoio político dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco, e Distrito Federal, e alcançou considerável repercussão na sociedade. Os setores médios urbanos, os militares e a imprensa da capital federal também aderiram atraídos por um discurso que criava o "imperialismo" dos grandes estados e a corrupção.
Bibliografia: Folheto informativo recebido no próprio museu.
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