quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Nilo Peçanha e a Campanha da Reação Republicana (Parte 3)

No intuito de conquistar a simpatia dos estados do Norte e Nordeste, Nilo Peçanha, a bordo do vapor Íris, visitou doze estados da federação: Amazonas, Pará, Maranhão, Fortaleza, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, e Paraíba. De retorno ao sudeste visitou ainda, o Espírito Santo e foi barrado em São Paulo.

Moderno, Nilo Peçanha tanto usou da propaganda para chamar atenção para sua trajetória política, como abusou da contrapropaganda para desqualificar seu adversário, o mineiro Artur Bernardes, antecipando o que hoje denominados de "marketing político".


A Reação Republicana defendia mudanças profundas na organização política e na economia do país: a defesa de um novo arranjo federativo para a nação; a regeneração dos costumes políticos; o fim da "delirante criação de empregos públicos"; um plano nacional de alfabetização, e a obrigatoriedade do ensino público; o ensino profissionalizante; a defesa da Amazônia e suas riquezas; a defesa do trabalhador brasileiro; e a o combate à seca.


Apesar do esforço do seu candidato, a chapa da Reação Republicana foi batina nas urnas. Uma das repercussões da derrota foi à marcha dos 18 do Forte de Copacabana, que deu início a série de rebeliões tenentistas que nos dois anos seguintes sacudiriam o país. Por tudo isso, a Reação Republicana deve ser entendida como marco inicial de uma grave crise política cujo capítulo final foi a Revolução de 1930.

Bibliografia: Folheto informativo recebido no próprio museu.

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